Ter uma comunicação assertiva envolve planejamento de diversos aspectos, não é simplesmente falar por falar, pensar no impacto que quer causar e como passar a mensagem, vai aproximar você do resultado esperado.
Por isso, quero lhe mostrar 3 pontos que servem de base para o seu planejamento. Espero que você pense neles com carinho! Vamos lá?
1. Definição do objetivo
Pode parecer óbvio falar sobre a importância da definição prévia do objetivo da mensagem. Nestes 5 anos de Tagarela School ministrando o curso de oratória, eu pude perceber que as pessoas se perdem justamente aqui, a falsa impressão de já saber o que falar e de que não precisa se planejar, acaba tirando dos trilhos uma apresentação que tinha tudo para ser um sucesso.
Quero propor que você comece a estruturar a sua fala pelo objetivo, por uma definição bem clara e coerente do que quer passar, deixar mais especifico possível. Um objetivo muito genérico pode abrir a apresentação para discussões desconexas que irão diminuir o seu controle da situação. Abaixo eu vou deixar dois exemplos, um genérico e outro mais específico:
a) Falar sobre automobilismo (objetivo genérico);
b) Falar sobre as características dos carros de Fórmula 1, temporada 2020 (objetivo especifico).
A primeira opção pode gerar perguntas de diversos aspectos: Kart, Fórmula Ford, Gasolina etc. Já a segunda, por si só traz alinhamento das expectativas, a tendência é que a apresentação gire entorno do tema proposto e o efeito “surpresa” de uma pergunta inesperada será menor ou nulo, o resultado é o aumento da sua segurança.
Pergunte-se: Qual a mensagem quero passar e como deixa-la mais específica possível?
2. Qual estrutura eu vou ter para apresentar?
Como você vai entregar o conteúdo? Será presencial? Via telefone? Videoconferência?
Saber qual será a estrutura utilizada na entrega do conteúdo é fundamental para você se preparar em relação as estratégias de condução que irá utilizar.
No “novo normal” as videoconferências serão a bola da vez, logo sabendo que a sua apresentação será digital, você deverá utilizar gestos mais comedidos. Primeiro pelo fato de não ter muito espaço para recorrer ao artifício, segundo ponto é que os gestos em demasia irão se tornar um concorrente da mensagem, chamando a atenção das pessoas.
Se for uma apresentação presencial, você pode se aproximar das pessoas, interagir, usar mais o espaço para fortalecer a sua presença. Enfim, todas as estratégias corporais, vocais e de interação, se adaptarão ao ambiente em que você estiver.
3. Perfil do público
Este é outro ponto que pode não ser novidade, mas que também é negligenciado. Saber o perfil do público com o qual irá falar é fundamental para que você consiga adaptar a sua linguagem, a forma como se veste, estratégias de interação e etc.
Isso não significa que deve se moldar 100% ao público, já que o propósito de uma fala é passar a sua opinião, a forma como você pensa, a sua autenticidade. Mas eu te garanto, buscar se aproximar de alguma forma das pessoas, mostrar que se importa e tem respeito com todos, é uma chave para abrir a porta da conexão.
Se você considera que não precisa ser flexível ao público, que vai falar o que passa pela sua cabeça e dane-se o que os outros pensam… Posso lhe dizer que está perdendo grandes oportunidades.
É possível levantar informações sobre o seu público e utilizá-las para criar uma linha comunicativa original e proveitosa.
Faças as seguintes perguntas:
1. Para que eu vou falar isso? O que eu pretendo passar com essa mensagem?
2. Qual estrutura eu vou ter para entregar a minha mensagem? Como usar o espaço para potencializar a minha mensagem?
3. Com quem eu vou falar?
Que você pense a comunicação de maneira mais estratégica, saiba o impacto que as suas palavras podem causar para a sua vida e das pessoas! Faça o bem!
Um abraço!
Paulo Felipe Rodrigues