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Comunicação não violenta nos relacionamentos

Desde que “o mundo é mundo”, um dos maiores desafios humanos é sem sombra de dúvidas, saber se relacionar com os demais. Isso implica em lidar com diversos tipos de visões, pensamentos, desejos, personalidades, etc.

Para manter e nutrir a boa convivência com os demais, seja no trato pessoal, social, dos negócios, entre outros, o diálogo é de suma importância.

No entanto, sabemos que é comum, especialmente no contexto atual, que nas relações sociais ocorram uma série de conflitos. Muitos deles, aliás, que poderiam ser evitados, com a adoção de uma ferramenta extremamente eficaz no sentido de melhorar o diálogo entre as pessoas.

Refiro a CNV: comunicação não violenta, uma alternativa extremamente importante, capaz de tonar as relações interpessoais mais tranquilas, leves e com menos conflitos.

Quer entender melhor o que é a comunicação não violenta, bem como seu importante papel na interação social? Te conto a seguir, continue acompanhando o artigo do nosso blog!

Comunicação não violenta: definição

Pensando de uma forma bem sucinta para explicar a definição de comunicação não violenta, podemos dizer que se trata de um instrumento que nos ajuda a dialogar melhor.

O termo, também conhecido como CNV, foi concebido por um psicólogo americano chamado Marshall Bertram Rosenberg (1934-2015).

De acordo com a biografia do psicólogo, ele sofreu bullying durante o período da infância. Durante sua vivência , ele esteve em atmosferas violentas, o que motivou suas reflexões sobre o que estimula a violência nas pessoas.

Foi na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, em 1961, que Marshall se tornou PHD em psicologia clínica.

Certamente, suas reflexões e profundos estudos psicológicos relacionados ao comportamento humano violento, nos mais variados contextos sociais contribuíram com a resolução de conflitos em mais de 65 países!

Para conhecer melhor o trabalho de Marshall, bem como o conceito mais aprofundado da comunicação não violenta, uma dica é a leitura do livro “Comunicação não violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais”, de autoria do próprio Marshall Rosenberg.

Os 4 pilares básicos da comunicação não violenta

O objetivo principal da comunicação não violenta é o de favorecer a cooperação e as conexões humanas. Para tanto, parte do princípio da empatia e valores compartilhados pela humanidade em geral.

Esse objetivo tem como base, 4 pilares considerados básicos. Quando colocados em prática, eles conseguem transformar positivamente, relações profissionais e pessoais que se mostram desgastadas e conflituosas.

Sendo assim, os 4 pilares são:

1. Observação

Ao ouvir algo, é importante se manter concentrado (a) no que está sendo dito, “observando” os fatos sem emitir julgamentos ou opiniões pessoais.

2. Sentimento

O que está sendo dito pelo emissor causará emoções, sejam positivas e/ou negativas no receptor. Isso varia desde ansiedade, tristeza, até confiança e felicidade, entre outras.

Nesse momento, é importante manter seu controle emocional e identificar quais tipos de sentimentos são causados. A partir do momento que compreendemos quais sentimentos foram desencadeadas na narração, favorecemos o diálogo assertivo, com empatia.

3. Necessidade

Aqui temos o pilar relacionado às necessidades das pessoas envolvidas no diálogo.

Sendo assim, para aplicar este pilar, pergunte-se: O que a pessoa quer com esta narrativa? Em sua fala, quais os sentimentos são identificados? Por qual motivo ela adotou determinada atitude?

4. Pedido

O pilar seguinte é o do pedido. Ele acontece logo após ouvirmos o fato narrado, a compreensão das emoções desencadeadas e identificação das necessidades do próximo.

É quando de fato, estamos prontos para nos expressarmos. Nesse momento, é crucial que possamos nos comunicar de modo claro, objetivo e acima de tudo, com respeito.

E é exatamente aqui que muitas pessoas colocam tudo a perder. Ao invés de formular uma comunicação pautada em mensagens positivas, muitos acabam emitindo juízo de valor, críticas e julgamentos. Sem contar com os tons de ameaça e agressividade.

Para evitar que isso ocorra, os 3 primeiros pilares devem ser aplicados durante o diálogo. O tom de voz deve ser o adequado à situação e tem papel relevante nesta etapa do processo.

Muitos são os benefícios da comunicação não violenta. No âmbito corporativo, por exemplo, traz vantagens como o desenvolvimento da escuta ativa em relação ao que o próximo tem a dizer. Além disso, promove o respeito às opiniões alheias, sobretudo quando estas divergem das nossas.

O mesmo vale para o contexto familiar, nas discussões com amigos, em relacionamentos amorosos e interpessoais.

Concluindo, a comunicação não violenta é um exercício diário que mostra que não é necessário gritar, ofender, insultar e/ou ter atitudes violentas para alcançar objetivos. Empatia e resiliência são palavras-chave neste sentido.

E você, já aplica a comunicação não violenta em seus relacionamentos? Conte pra nós!

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