Alguma vez você precisou convencer alguém de algo e não obteve êxito?
Gaguejou, sentiu-se nervoso(a), e se frustrou ao não conseguir vender a sua ideia e/ou projeto?
Há também aqueles casos em que, sem argumentos, mas com muita persistência, você “vence pelo cansaço”. Se identifica?
Se a resposta for sim, há uma coisa que você precisa tomar conhecimento urgentemente: existe uma considerável diferença entre persuasão e insistência.
Ao compreender o que difere um termo do outro, é possível otimizar sua comunicação e adequar seu discurso para ser bem-sucedido (a) em suas ações.
A fim de contribuir com o aprimoramento da sua linguagem comunicativa e argumentativa, a equipe da Tagarela School preparou o blog post de hoje.
Continue com a gente!
Definindo persuasão e insistência
Antes de tudo, é determinante compreendermos o significado de cada um dos termos acima.
Persuasão aliás, já foi tema aqui do blog. Aproveite e confira nos links a seguir, para enriquecer ainda mais o seu conhecimento:
- Técnicas psicológicas para aumentar seu poder de convencimento
- Habilidades técnicas para persuadir qualquer pessoa
- Persuasão: Por que algumas pessoas conseguem ser mais persuasivas?
Em suma, persuasão é a arte de convencer as outras pessoas. Se trata, acima de tudo, da habilidade que um indivíduo desenvolve em criar conexões emocionais com os demais. Para tanto, faz uso de argumentos e evidências. Dessa forma, tem maior aceitação de suas ideias, ações e gestos.
O termo “Persuadere”, que dá origem à persuasão, significa “levar a crer”. Logo, está relacionada à credibilidade de quem fala, sendo uma característica muito usada desde em apresentações de trabalho (TCC), até apresentação no âmbito trabalho e situações de liderança de equipes, por exemplo.
Mas, atenção: é sempre importante destacar que a persuasão é diferente da manipulação, que visa somente benefício próprio.
Mas, e em relação ao termo insistência? Como podemos definir?
Para muitos, de certa forma a palavra insistência é um sinônimo para persistir, mas seria isso correto? Na verdade, “mais ou menos”. Fato é que insistir para convencer não é visto como algo positivo.
Ao contrário, diante do contexto, a insistência significa ser chato, desagradável, e até mesmo insuportável.
Insistência pode ser definida aqui, como um sentimento de urgência, de desespero, forçando o outro a aceitar a sua ideia. É quase uma imposição.
E é exatamente neste ponto que persuasão e insistência se chocam. A insistência desequilibrada é o oposto da persuasão.
A insistência cria rejeição. A persuasão promove a aceitação. Insistência está muito mais inclinada ao incômodo, abordagem agressiva. A persuasão se relaciona mais com confiança, abordagens sutis.
Percebe o abismo que podemos encontrar entre um termo e outro e o motivo pelo qual compreender essa diferença é essencial para o sucesso de suas abordagens comunicativas?
Persuasão e insistência: como saber o momento de parar e não insistir?
Se você tiver uma ótima ideia, seja de um projeto pessoal, seja no seu trabalho, ou até mesmo na esfera pessoal, para que ela seja aceita, é uma questão de tempo.
Lembre-se que as melhores ideias do mundo, sempre encontram a princípio, algumas barreiras, ou seja, não é comum que uma boa ideia seja aceita assim, de primeira.
Sendo assim, a melhor estratégia não é simplesmente insistir e afirmar que você tem uma boa ideia, que o seu produto ou serviço é ótimo.
A melhor estratégia é trabalhar a sua comunicação, bem como aprimorar o seu poder de persuasão.
Para a boa comunicação, podemos dizer que há 3 pilares que a sustenta:
- Tom de voz adequado;
- Linguagem corporal/gestual assertiva;
- Clareza da fala.
Ao se comunicar bem, o indivíduo ganha confiança. Essa confiança é transmitida ao interlocutor, que por sua vez, percebe no indivíduo maior credibilidade.
Logo, fica bem mais fácil convencê-lo da sua ideia, ou seja, persuadi-lo.
Dicas para potencializar seu poder de persuasão
Pessoas que dominam a comunicação, via de regra, têm maior probabilidade de potencializar a persuasão.
Ou seja, essa já é uma ótima dica para quem procura dominar a arte do convencimento.
Se você sente dificuldade de falar em público, não consegue agir naturalmente durante seu discurso, considere fazer um investimento em si mesmo (a), realizando um bom curso de oratória.
Acompanhe mais algumas dicas poderosas a seguir:
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Administre suas emoções
Busque formas de aprimorar a inteligência emocional e com isso, administrar da melhor forma suas emoções. Isso te ajudará a entender os sinais emitidos pelo seu interlocutor e a criar empatia/conexão.
No link Inteligência emocional como instrumento da comunicação, você tem acesso a um conteúdo rico e exclusivo sobre o tema.
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Adote uma linguagem corporal positiva
O modo que você gesticula, se movimenta, bem como a postura, refletem sua linguagem corporal. A linguagem não-verbal revela ao interlocutor, o seu estado emocional.
Sendo assim, sempre que for possível, mantenha contato visual, sorria, evite cruzar braços. Certamente isso contará pontos favoráveis à sua persuasão.
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Escolha um bom ritmo e tom de voz, bem como a linguagem adequada
Voz muito baixa ou muito alta, falta de variação no tom, imprimindo um ritmo monótono à fala, além da linguagem incoerente à situação, prejudicam demasiadamente o seu poder de convencimento, por mais que sua ideia seja vantajosa e extraordinária.
Sendo assim, tenha sempre em mente que tanto tom de voz quanto a linguagem precisam variar. Há momentos que demandam uma linguagem rebuscada, tom de voz sério. Há outros que devemos alinhar a fala para a situação, mais informal, descontraída.
O mais importante de tudo para evitar a insistência e usar a arte da persuasão é tem um ótimo conhecimento em relação ao interlocutor. Ou seja, você precisa traçar previamente o perfil da pessoa com a qual falará. Com isso, é possível estabelecer um diálogo assertivo, criar conexão e ser bem-sucedido (a) em sua empreitada.
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Ouça o outro
A persuasão está intimamente ligada com o fato de saber escutar o outro. Com isso, você demonstra que se importa com o ponto de vista de seu interlocutor, revelando assim carisma.
Assim, portas são abertas e você passa a ter passagem direta para chegar no coração do outro (conexão emocional) e convencê-lo. Pense sobre isso!
Colocando as dicas acima em prática, é possível treinar sua persuasão e diminuir cada vez mais o nocivo hábito da insistência que muitos ainda nutrem.
Agora conte pra nós: como anda seu poder de persuadir as pessoas? E sua oratória?
Até a próxima e não deixe de compartilhar o post com seus amigos e familiares que precisam ler isso!